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Toxicocinética[1-5]

No cogumelo, ocorrem reações de determinados compostos que levam à formação de outros, o que explica a elevada diversidade de toxinas.

 

Quando esta espécie está no seu meio ambiente, o ácido iboténico é convertido em muscazona, por ação da radiação UV.

Já quando o cogumelo fica desidratado, o ácido iboténico sofre descaboxilação e forma-se o muscimol. Este facto sugere que uma refeição de cogumelos cozinhados estimule esta reação, provocando um aumento do conteúdo em muscimol. Esta reação é estimulada ainda pela diminuiçaõ de pH, como acontece na digestão gástrica. Suspeita-se assim que o muscimol seja o principal responsável pelos efeitos que o cogumelo provoca após a sua ingestão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após ocorrer a hidrólise, o composto ativo é absorvido a nível intestinal rapidamente (30-60 minutos). Quer o muscimol, quer o ácido iboténico atravessam a barreira hemato-encefálica e chegam assim ao cérebro ou então são eliminados através da circulação sistémica. O ácido iboténico remanescente é excretado na urina e este composto, assim como o muscimol, podem ser encontrados na urina uma hora após a ingestão do fungo.

 

 

 

Curiosidade:

Antigamente, algumas tribos da Sibéria bebiam a urina do seu shaman ou de veados que consomiam estes cogumelos, com o objetivo de sentir os efeitos provocados pelo ácido iboténico, composto este que estava significativamente presente na urina de quem consome Amanita muscaria.

Conversão do ácido em iboténico em muscimol e muscazona.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto - Portugal

Toxicologia Mecanística

2013/2014

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